domingo, 21 de fevereiro de 2010

2 dias de UTI.

Na sexta-feira, depois de absorver a ligação da médica do Delboni, fui pra casa preparar as coisas para ir ao Hospital São Luiz. A primeira coisa foi contar para meus pais, que moram no mesmo condominio que a gente e ficam com ele quando não estamos em casa...já foi díficil, nova crise de choro...

Depois fomos na casa de um amigo dele, no prédio, que estava dando uma festinha...Não sei se por já saber do resultado, achei que ele estava extremamente abatido e "molenga". Depois de banho tomado e mala arrumada (já me preparando para internação), chegamos no hospital por volta das 22h. Quem conhece o São Luiz já pode imaginar que tinham umas 50 crianças na minha frente, mas quando eu disse no balcão que ele estava com desidratação por diabetes recém descoberta, entramos na mesma hora.

Mediram a taxa de glicose e diferente dos 206 da manhã, estava acima de 550 (o aparelho marcava apenas HI, o que indica que está acima do que o aparelho consegue medir!). Aí veio a cena de pânico....3 enfermeirias, 1 médico....soro, tira sangue, tira urina. Sim, era grave. Ele estava em crise, altamente desidratado e por pouco, muiiiito pouco, podeira ter apagado na recepção...por apagado entende-se coma. Anjo da guarda existe pra isso.

E para essa pergunta que estão fazendo agora: mas como chegou nesse ponto, não podia ter visto antes?? A resposta é não. Na verdade, o pâncreas dele estava diminuindo a produção de insulina, lentamente, não tem como saber há quanto tempo, e o corpo só começa a apresentar os sintomas do excesso de urina/aumento de ingestão de água quando chega a aproximadamente 20% de capacidade de produção. Ou seja, estamos isentos de culpa!!

Com esse quadro, deram a notícia de que ele iria para UTI para normalizar o quadro, e garantir o melhor cuidado para este início. Novo baque, novo choro. A palavra UTI me lembra gente entubada, sedada....Ainda bem que cada caso é um caso. Ele só ficou com uns fios no peito, mas era visualmente como se estivesse na enfermaria do PS, com um pouco mais de espcaço.. Apesar da falta de conforto para o visitante, os enfermeiros/médicos foram ótimos, super cuidadosos e atenciosos. Lógico que depois da Medial dar baile na autorização.

Sim, essas primeiras aplicações de insulina são traumaticas, ele urra, pede pra furar o braço da mãe (ninguém manda a enfermeira perguntar em que braço ele quer a injeção!!), mas eu sei que o começo. Depois não vamos usar seringa, e sim uma caneta especial para aplicação, então vamos lá. E foi na UTI que ele começou a se acostumar com a medição, com o tal furinho no dedo (ainda não decorei os nomes de tudo)...

Além dos Doutores da Alegria, ontem recebi a primeira visita de uma endocrinologista que começou a tirar as primeiras dúvidas e a pediatra do Gui é endocrino tb, então será mais fácil..ou menos difícil vai!




E hoje a tarde, viemos para o quarto novo (semi-intensiva), com janela, banheiro e frigobar! Total diferença. Além de visita mais liberada.

E sobre o primeiro dia no quarto...conto já já!

Força, bjos

3 comentários:

  1. Jo, os medicos explicaram porque acontece? Genético, excesso de alguma coisa? Adorei já o blog vou acompanhando sempre... ótimo pra vc desabafar e tb dar informaçao para outros pais! biejos

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  2. Oi Mô, na verdade a diabetes tipo 1 não é genética, e medicina ainda não sabe explicar pq de repente o organismo começa a atacar o próprio pancreas, impedindo a produção de insulina...Ou seja, acontece de repente mesmo...Vai ser bom mesmo, vou dando noticias. bjos

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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